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Mostrando postagens de agosto, 2022

Feliz vida meu menino

Hoje é dia de celebrar a vida meu menininho de sorriso encantador. Esta vida que foi gerada em meu ventre e que durante nove meses foi embalada pelas batidas do meu coração. Esta vida que eu dei à luz, mas que, na verdade, iluminou a minha existência humana. Esta vida que abalou minhas certezas, que mudou minhas prioridades e tomou conta de grande parte da minha vida. Esta vida que nasceu de mim, mas que me fez renascer como pessoa. Esta vida que me aproxima ainda mais de Deus e me fez entender o propósito da minha existência no mundo. Esta vida tão cheia de energia, que pula, brinca e contagia o meu ser. Esta vida que me ensina todos os dias sobre generosidade, simplicidade e persistência. Esta vida que abraça e beija a qualquer hora e que não tem vergonha de expressar seus sentimentos em gestos ou palavras. Esta vida que faz de mim alguém altruísta e mais solidária com a dor do próximo. Esta vida que me ajudou a ressignificar o meu passado e me fez compreender coisas que eu demorei

Depois que os filhos chegam...

    Os  brinquedos espalhados pela casa se tornam objetos de decoração. As idas ao banheiro são quase sempre acompanhadas. O preparo das refeições são interrompidos por mãozinhas que puxam a nossa roupa pedindo colo e atenção. O  nosso sono é despertado por aquele que precisa da nossa ajuda para voltar a dormir e ser acalentado.      Depois que os filhos chegam fica difícil manter a casa organizada e as tarefas feitas de acordo com o planejado. Depois que os filhos  chegam compreendemos os nãos e repreensões de nossos pais. Depois que os filhos chegam descobrimos que sabíamos tão pouco sobre nós e o mundo que nos  cerca.      Depois que os filhos chegam aprendemos na prática o que nenhum livro, emprego, curso de graduação, ou qualquer outra experiência na vida será capaz de nos ensinar. Depois que os filhos chegam a nossa vida é virada do avesso, saímos da nossa zona de conforto, e nos forçamos diariamente a sermos a nossa melhor versão de ser humano.      Depois que os filhos chegam d

Mães trabalhadoras merecem respeito

     Mulheres quando engravidam não são vistas com bons olhos no ambiente de trabalho. Afinal, elas precisam ir em consultas médicas todos os meses, "atrapalham" a produtividade da equipe, tiram licença maternidade, e quando retornam  ao trabalho na maioria das vezes são demitidas.      Ser mãe em uma sociedade extremamente machista e capitalista é um "péssimo negócio."      Ontem, uma  reportagem me deixou muito consternada: Através de uma videoconferência, um desembargador chamou atenção de uma  advogada, porque a sua bebê de 6 meses estava "atrapalhando" a reunião. O mesmo sugeriu que a criança deveria ficar em um local "adequado".       Ele na sua colocação infeliz  não tem a mínima noção de como é a rotina de uma criança, que precisa de cuidado em tempo integral e que não para quieta num canto como se fosse um objeto. Tão pouco imagina o malabarismo que uma mãe  precisa fazer  para cuidar do filho enquanto trabalha.    Ele constrangeu  sua c

Livro: Arrastados

    Em Arrastados, Daniela Arbex dá voz às vítimas da tragédia do rompimento da barragem em Brumadinho-MG, (o maior desastre humanitário do Brasil) ocorrido no dia  25 de janeiro de 2019. Se você se comoveu com os noticiários na época do acidente, com toda certeza irá se emocionar ainda mais pelos bastidores não relatado na mídia, através desta obra tão sensível e necessária escrita por Daniela.      O Jornalista Pedro Bial exemplificou bem o sentimento que provavelmente você sentirá ao ler os relatos emocionantes do livro:“ O leitor sente gosto de terra, vive a angústia das pessoas que foram por ela e engolidas e acabaram cuspidas do tsunami de lama. Gente que acorda com ferimentos graves no meio do nada, sem ideia se sairá viva no mar de destroços. Sentimos arder das lágrimas das mulheres que perderam seus filhos e maridos, engolidos pelo barro, trabalhadores, turistas, homens que perderam seus amores e suas casas. Da vida, restou-lhes a roupa do corpo só. Nada mais. Nem fotografias.

Sobre ser mãe de menino

     Lembro-me como se fosse hoje da certeza que eu tinha dentro de mim que seria mãe de menino e essa convicção nada tinha a ver com minhas preferências. Eu simplesmente sabia que o meu mundo seria azul antes mesmo da confirmação do ultrassom.      Em um mundo onde homens desrespeitam as mulheres e não assumem seu papel de pai, ser mãe de menino é uma grande responsabilidade.      É claro que não devemos culpar as mães pelas escolhas dos seus filhos enquanto adultos, mas devemos ter a consciência da importância do nosso trabalho na construção do caráter deles, enquanto são crianças e adolescentes.      A mãe é a primeira pessoa referência na vida do filho e o que ela diz e faz, principalmente, terá grande impacto nas suas ações e visão de mundo.      São nos pequenos gestos cotidianos que lhes ensinamos valores importantes para a sua construção enquanto ser humano, como, por exemplo: jogar o lixo no lixo, guardar os brinquedos, colocar o prato na pia, agradecer quando ganha um present

Os filhos nos ensinam muito sobre altruísmo

    Os filhos quebram todo nosso egocentrismo. Por eles pausamos nossas preciosas horas de sono para atender todas as suas necessidades. Pausamos o nosso banho para acudir o choro do bebê que acabou de acordar. Pausamos a nossa refeição para poder alimentá-lo. Pausamos a carreira profissional para dedicar nosso tempo a quem precisa tanto do nosso cuidado.      Pausamos o sexo por pelo menos 40 dias pós parto. Pausamos os jantares românticos, os eventos sociais e o encontro com os amigos. Pausamos alguns objetivos pessoais, hobbies e até mesmo nossas necessidades fisiológicas quando um grito de mãe nos chama sem cessar.      Os filhos quebram todo o nosso egocentrismo, quando por eles deixamos de ser o centro da nossa própria vida para podermos servir, cuidar, proteger, amar e se preocupar com alguém além de nós mesmos. Esse mesmo alguém que saiu de dentro da gente que chegou para nos ensinar a sermos seres menos egocêntricos, mais altruístas e principalmente mais humanos. Texto : @gis

A maternidade e a contradição do tempo

    Lembro-me como se fosse hoje das noites em claro com meu recém-nascido. No auge da exaustão, eu desejei que essa fase passasse logo para então poder dormir uma noite inteira;     Lembro-me das inúmeras vezes que precisei amamentar meu filho durante o primeiro ano inteiro de sua vida. No auge da exaustão, eu desejei que ele por fim tomasse leite na mamadeira;     Lembro-me das vezes que eu precisava me alimentar com meu bebê no colo. No auge da minha exaustão, eu desejei que ele andasse logo e ficasse mais independente;     Lembro-me das milhares de fraldas de xixi e cocô que precisei trocar. No auge da minha exaustão, eu desejei que ele por fim saísse das fraldas;     Lembro-me dos choros constantes. Das vezes que fiz de tudo e nada o acalmava. No auge da minha exaustão desejei que ele falasse logo e me dissesse o que precisava com palavras;     Hoje olhando para trás relembro de fragmentos dos dias difíceis e turbulentos. Mas também me lembro da fase gostosa que acompanhou cada um

Livro: Pássaro Branco

     Pássaro Branco é uma história em quadrinhos de ficção que não foi baseada na história de ninguém especifico, mas foi influenciada por muitos relatos inspiradores que a autora leu ao longo dos anos, sobre crianças que se esconderam durante o Holocausto e os cidadãos comuns que as ajudaram.      O livro conta a história de Sara, avó e Julian, um dos personagens do livro O Extraordinário. Os acontecimentos se passam durante a Segunda Guerra Mundial, onde ela precisou se esconder dos nazistas na França.      Um livro emocionante que nos faz refletir sobre a bondade e generosidade em tempos sombrios: "Ser bom é sempre um ato de coragem. Mas, naquele tempo, quando essa bondade podia nos custar tudo-nossa liberdade, nossa vida-, ela se tornava um milagre. Se tornava aquela luz na escuridão que o papa falava, a verdadeira essência da nossa humanidade. Se tornava esperança."      Embora seja uma obra de ficção, não deixa de ser uma história cheia de verdades sobre a maior atrocid

FIlho, se eu pudesse...

Eu guardava num pontinho o seu cheirinho de bebê, o seu doce sorriso inocente e o seu olhar encantador de criança; Se eu pudesse te livraria de toda dor, tristeza, sofrimento e decepção; Se eu pudesse te protegeria de falsas amizades ou de pessoas mal intencionadas; Se eu pudesse te livraria de quedas e tropeços,  de machucados e feridas, sejam elas físicas ou emocionais; Se eu pudesse te guardava dentro de uma redoma se vidro e te protegeria de toda maldade, injustiças ou situações que pudessem te colocar em perigo. Filho, infelizmente eu não posso te proteger sempre das desilusões,  frustrações e adversidades inevitáveis da vida. Eu  não poderei  impedir alguns dos seus tombos, mas sempre estarei ao seu lado para te  acolher após uma queda; Eu não poderei te livrar de dificuldades, mas sempre terei um bom conselho caso você esteja disposto a me ouvir; Eu não poderei te deixar para sempre debaixo das minhas asas, mas sempre serei ninho para quando  você precisar pousar. E aonde meus

Amor de pai

     Quando namorávamos ele me dizia que teria uma criança com o meu olhar. O que me deixou surpresa, afinal nem estávamos noivos para pensar em filhos.       No primeiro ano de casados ele me disse que pensava ser a hora de termos um filho, o que achei lindo, mas logo mudei de assunto, já que eu ainda não estava preparada e achava que precisávamos curtir um pouco mais o casamento.       Esperamos mais dois anos para então pensarmos nesse próximo passo. Quando esse momento chegou, curiosamente ele desconfiou que eu estava grávida antes de mim, só porque eu acordei cedo querendo comer pastel na feira em pleno domingo.       Saiu contando no trabalho que seria pai antes mesmo de eu fazer o teste de gravidez. E batata: o positivo veio bem grandão.       Enquanto eu pensava no parto, ele pensava nos gastos 🤣. Foi atrás de reforma para casa, fazia hora extra no trabalho e fez questão de pedir férias para o nascimento do nosso filho.      Ele deu os primeiros banhos no bebê e cuidou de mim

Qual a "vantagem" de ter filhos?

     Filhos choram, precisam de colo, cuidado e afeto. Filhos exigem tempo, dinheiro, paciência e muito jogo de cintura. Filhos testam nossos limites e nos tiram da zona de conforto. Filhos nos privam de sono, horas de lazer e descanso.    Em um mundo onde a independência financeira ou sucesso pessoal e profissional são importantes, ter um filho é um baita "prejuízo".      Talvez você me pergunte: Qual a vantagem então de se ter filhos?    Filhos não são produtos que quando adquiridos prometem te trazer: conforto, status ou felicidade.      Ter um filho é (ou deveria ser) uma escolha consciente de ser responsável pelo bem-estar e pela saúde física e emocional de alguém que vai ser dependente de você por longos anos.      Em sã consciência muita gente não teria filhos se soubessem dos reais desafios que veem no pacote da maternidade e paternidade.      Embora a vida com filhos tenha suas dificuldades, ela é incrivelmente extraordinária.    Pois são os filhos que despertam em n

Livro: Os meninos que enganavam nazistas

 Os meninos que enganavam nazistas é uma história real sobre a vida de dois irmãos que precisaram enfrentar o universo de crueldade durante a guerra, mas que também encontraram gestos de solidariedade durante sua jornada de fuga dos nazistas. Aqui um trecho  que me marcou durante a leitura: “Me pergunto se ainda sou uma criança… Tenho a impressão de que não sentiria vontade de jogar bolinhas de gude, uma partida de futebol, talvez, e olhe lá… No entanto, são coisas que um menino da minha idade adora: afinal, ainda não tenho nem 12 anos, devia sentir vontade, mas não. Talvez tenha acreditado sair da guerra ileso, até agora, mas talvez esteja redondamente enganado. Não tiraram minha vida, mas fizeram pior: roubaram minha infância, mataram em mim o menino que eu podia ser." Um livro autobiográfico emocionante, que faz com que nos questionemos até onde a maldade humana pode chegar. Destaco aqui um trecho, onde o autor homenageia o arcebispo de Tolouse, por sua corajosa mensagem ao pov

Sobre ser o mundo inteiro de alguém

     O filho nasce e necessita do colo materno para se sentir protegido. Ali ele sente as batidas do coração de sua mãe. Aquelas que durante 9 meses embalaram o som da sua existência antes dele chegar neste mundo.    O seio materno é a sua fonte de alimento. Ele produz leite com nutrientes necessários e específicos para o desenvolvimento deste bebê.      O bebê quando acorda chorando basta ouvir a voz ou ver o rosto de sua mãe que se acalma e sorri ao encontrar aquela responsável por suprir as suas necessidades.      Quando a criança cai ou se assusta com algo, o abraço e beijo afetuoso de sua mãe levam embora todo medo e insegurança.    Quando a criança aprende a colocar o sapato, ou aprende a usar o banheiro sozinha, os elogios e aprovação de sua mãe são importantes para que ela se sinta feliz e motivada.    Quando um filho nasce, a mulher que era alguém existente no mundo se transforma em mãe: um mundo inteiro para o seu filho.    É muito importante que ela cuide da sua saúde física

A vida antes e depois do meu filho

Ela nunca gostou de fotos espontâneas. Preferia fotos posadas que estivesse bem arrumada; Ela sempre arrumava o cabelo, fazia luzes, escova ou chapinha. Tinha sempre tempo pro cabeleireiro; Ela gostava de ter muitas  bolsas, tênis da moda ou blusas enchiam as sacolas de compras; Ela sempre agitava o encontro com a galera. Tinha tempo disponível,  fosse inverno ou primavera. Até que ela se tornou mãe. As fotos posadas e arrumadas? Deram lugar a fotos espontâneas e despreparadas; As luzes? Escova e chapinha? Deram lugar ao coque, agora fiel companhia; As bolsas, tênis e blusas são comprados com pouca frequência já que as fraldas, brinquedos e coisas de criança agora são suas preferências; Os amigos? Continuam sendo importantes. Mas depois que um filho chega ele se torna prioridade constante. Uma vida sem filhos possui independência. Já uma vida com filhos  exige sacrifícios e muita prudência. Filho dá muito trabalho. Exige tempo e muita energia. Mas o que seria da minha vida sem ele? Se

Existe um propósito na sua dor

  Esses dias eu li o seguinte trecho de um livro: "Uma transformação sem esforço nem dor, sem sofrimento, sem uma sensação de perda, é apenas uma ilusão de verdadeira mudança." Ele me fez refletir sobre as dores da maternidade: As incessantes contrações de parto causam dores que não podem ser mensuradas por qualquer tentativa de explicação; A amamentação que arranca lágrimas de dor indescritíveis por longos dias até que o bebê consiga fazer a pega correta; As cólicas do bebê  cortam o coração da mãe que já tentou de tudo para que elas cessarem em vão; As vacinas que  doem muito mais nela que não suporta ver seu filho sofrer mesmo que seja para o seu bem; A adaptação a nova rotina, o puerpério,  a solidão e perca da própria identidade doem no íntimo desta mulher no dia para noite se tornou mãe; A perca de disponibilidade de tempo para dormir,  tomar um banho tranquilo, sair, se cuidar e fazer coisas que gosta doem naquela que antes de mãe é um ser humano com desejos e necessid