Os meninos que enganavam nazistas é uma história real sobre a vida de dois irmãos que precisaram enfrentar o universo de crueldade durante a guerra, mas que também encontraram gestos de solidariedade durante sua jornada de fuga dos nazistas.
Aqui um trecho que me marcou durante a leitura:
“Me pergunto se ainda sou uma criança… Tenho a impressão de que não sentiria vontade de jogar bolinhas de gude, uma partida de futebol, talvez, e olhe lá… No entanto, são coisas que um menino da minha idade adora: afinal, ainda não tenho nem 12 anos, devia sentir vontade, mas não. Talvez tenha acreditado sair da guerra ileso, até agora, mas talvez esteja redondamente enganado. Não tiraram minha vida, mas fizeram pior: roubaram minha infância, mataram em mim o menino que eu podia ser."
Um livro autobiográfico emocionante, que faz com que nos questionemos até onde a maldade humana pode chegar.
Destaco aqui um trecho, onde o autor homenageia o arcebispo de Tolouse, por sua corajosa mensagem ao povo francês e seu grito de revolta a tamanha atrocidade que foi o holocausto:
“ Os judeus são homens, as judias são mulheres, nem tudo é permitido contra eles, contra esses homens, essas mulheres, esses pais e essas mães de família. Eles fazem parte do gênero humano. São nossos irmãos como tantos outros. Um cristão não pode esquecer isso.”
O livro relata uma época que traz vergonha a toda raça humana, mas que deve ser sempre relembrada para nunca mais venha a ser repetida.
Livro: Os meninos que enganavam nazistas
Autor: Joseph Joffo
Editora: Vestígio
N° de páginas: 284
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