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Mostrando postagens de julho, 2022

Livro: O Extraordinário

     O Extraordinário conta a história de vida de August, um garoto que nasceu com uma síndrome genética que deixa como sequela uma deformidade facial grave. August se considera uma criança comum, porém muitos  não o veem assim. Ao ser inserido na vida escolar ele passa por desafios e preconceitos que embora o deixem chateado não o impedem de ser um menino gentil e amoroso.      Com uma narrativa leve e envolvente RJ Palácio nos convida a refletirmos sobre respeito, aceitação, empatia e amizade.      Aqui  um dos meus trechos preferidos do livro: “Deveríamos ser lembrados pelas coisas que fazemos. Elas importam mais do que tudo. Mais do que aquilo que dizemos ou do que nossa aparência. As coisas que fazemos sobrevivem a nós. São como os monumentos que as pessoas erguem em honra dos heróis depois que eles morrem. Como as pirâmides que os egípcios construíam para homenagear os faraós. Só que, em vez de pedra, são feitas das lembranças que as pessoas têm de você. Por isso nossos feitos sã

O encontro consigo mesma depois da maternidade

 A maternidade nos coloca diante de um espelho. Onde reflete  nosso  passado, traumas, inseguranças e fraquezas.    Quando somos expostos à essas vulnerabilidades, nos despimos de muitas convicções que acreditávamos fazerem parte de nós até o nascimento do nosso filho.    Este espelho traz a tona questionamentos que nos fazem duvidar sobre quem nós realmente somos.    Evitamos olhá-lo em alguns momentos, pois é desconfortante não se encontrar mais no próprio reflexo. Mas ele está ali nos convocando a enxergar o que ele tem a nos mostrar. Ele nos apresenta a alguém desconhecido. Alguém que não temos a mínima ideia de quem seja. Alguém que todos dizem que nós somos. Alguém que chegou de repente e até roubou nosso nome. Alguém chamado: mãe. Esse alguém que precisamos conhecer, decifrar e entender. Esse alguém que nos faz sentir falta do nosso antigo eu. Aquele eu que  não era a mãe de ninguém e não tinha tantas responsabilidades. Leva algum tempo para notarmos então quem nos tornamos a pa

Livro: As cinco linguagens do amor

       Após vinte anos de aconselhamento conjugal, Gary Chapman chegou á conclusão de que existem cinco linguagens do amor. Neste livro ele traz exemplos de casais que passaram por conflitos e ao aplicarem na prática a linguagem do amor de seu cônjuge conseguiram solucioná-los e se sentirem  verdadeiramente amados. Aqui um trecho muito interessante do autor sobre os relacionamentos conjugais:  “Cada um de nós chega ao casamento com diferentes histórias e personalidades. Levamos nossa bagagem emocional para nossos relacionamentos conjugais. Cada um chega com expectativas diferentes, com diversos enfoques das situações e muitas opiniões sobre o que realmente importa na vida. Em um casamento saudável esta variedade de perspectivas deve ser harmonizada. Não precisamos concordar em tudo, mas devemos achar uma forma de lidar com cada uma de nossas diferenças de forma que elas não se tornem fatores de separação”    Psicólogos concluíram que sentir-se amado é a principal necessidade do ser hum

Escrever é a arte de expressar sentimentos em palavras

  Escrever é descobrir mais sobre si e sobre o próximo que te cerca. Escrever é compartilhar experiências, momentos e pensamentos. Escrever é transformar, ressignificar e reescrever histórias. Escrever é compartilhar forças, fraquezas, medos e alegrias. Escrever é revelar para o mundo seus ideais. Escrever é demonstrar afeto, desabafar angústias e curar feridas. Escrever é a arte de expressar sentimentos em palavras. Palavras que afagam quem precisa de colo, que aquecem quem está com frio, e tocam corações quebrados. Escrever é ter nas mãos a oportunidade de impactar a vida de alguém que precisa ler aquilo que somente você poderia escrever. Escrever é demonstrar amor através das palavras. Texto: @giselesertao @afagodemaeoficial

Livro: A travessia

     A travessia conta a história de Anthony Spencer, um empresário de sucesso nos negócios mas com acúmulos de fracassos em sua vida pessoal. Anthony carrega consigo mágoas, ressentimentos e culpa. Tais sentimentos fazem dele uma pessoa fria e egoísta. Tudo parecia bem em sua vida até que um derrame cerebral o deixa em coma. Ao acordar ele se vê em um mundo surreal habitado por um estranho que descobre ser Jesus e uma senhora que se apresenta como o Espírito Santo.     Neste encontro Jesus lhe dá a oportunidade de ser instrumento de cura para na vida de alguém. Antonhy inicia então a sua jornada, onde enxerga através do olhar de outras pessoas e percebe o quanto sua vida estava vazia e sem sentido. Reavalia as suas atitudes e cai em si do quanto seus erros afetaram negativamente a vida daqueles que ele tanto ama.    Você vai descobrir que até os momentos de dor e sofrimento que são inevitáveis ao longo de nossa caminhada podem nos fortalecer: “Deus é capaz de transformar toda a dor, t

Ser mãe é viver em uma constante montanha russa de emoções

Eu já sorri ao amamentar meu filho e fiquei muito feliz em ser fonte de alimento que o nutria. E também já chorei de exaustão de tanto amamentar: de hora em hora, todos os dias, durante o primeiro ano inteiro do meu filho. Eu já sorri vendo meu filho se alimentar bem e repetindo a refeição. E também já  chorei porque ele sequer tocou na comida e fez muito escândalo para não comer o alimento  que preparei com tanto carinho. Eu já sorri ao fazer meu filho dormir no meu colo. E também já chorei por não conseguir ter uma boa noite de sono após niná-lo tantas vezes na madrugada. Eu já sorri com cada marco de desenvolvimento do meu filho. E também já chorei de saudades pelo tempo que passou e deixou para trás um bebê que deixou de existir. Eu já sorri ao ver meu filho escovando os dentes sozinho e saindo das fraldas. Eu  também já chorei ao pensar que ele logo vai crescer e não precisará mais dos meus cuidados. Eu já sorri em poder acompanhar o crescimento dele bem de perto. Eu também já ch

A dependência de Deus nos salva de nós mesmos

     Meu filho adora brincar de montar e desmontar seus carrinhos. Ele tira todas as rodinhas e coloca de volta inúmeras vezes. Eu sempre alerto para ele tomar cuidado para não quebrar seus brinquedos, mas ele parece nem ligar pro que eu digo. Até que um dia ele quebrou um carrinho e veio até mim, pedindo ajuda para montar novamente.      Eu lhe disse que não tinha mais jeito, que o brinquedo havia perdido a sua função, e ele começou a chorar desesperadamente. Isso me fez refletir o quanto nós agimos desta mesma forma com Deus.      Fazemos nossas próprias escolhas e quando algo dá errado, pedimos para Ele conserte o estrago. E quando a resposta é: não tem jeito, choramos e esperneamos igual criança mimada.      Assim como uma criança é dependente dos seus pais, somos completamente dependentes de Deus, porém esquecemos disso quando crescemos. Buscamos por independência e autossuficiência. Acreditamos saber o que é melhor para nós até quebramos a cara e nos lembramos do Criador, qu

Livro: A vida que ninguém vê

    Dona de uma alma sensível Eliane Brum relata através de textos originais e potentes histórias aparentemente comuns e ordinárias. Histórias que não são noticiadas no jornalismo convencional. Histórias que não possuem nada de magnífico para a grande massa. Histórias esquecidas e que talvez nunca seriam contadas se não tivessem cruzado com o olhar atento aos pequenos acontecimentos de Eliane.      Apaixonada pelo ofício de contar histórias a autora se especializou em contar a vida de humanos anônimos: o andarilho Israel que descobriu no olhar da professora que podia estudar, Eva, mulher negra, pobre e com deficiência física que contra tudo e todos conseguiu na faculdade se formar, Camila, a menina enviada aos sinais para o sustento da família providenciar, Dona Maria de olhos brilhantes que ouviu desde  pequena que era burra demais para a escola frequentar, o doce velhinho dos comerciais que sobreviveu ao holocausto e  decidiu que sua vingança á tanta atrocidade seria viver e amar.   

Ser mãe é viver em contradição

Ser mãe é querer ter uma noite inteira de sono tranquila sem despertares na madrugada e não pensar na hipótese de dormir longe do filho uma noite sequer; Ser mãe é querer que o filho saia do peito logo sentir saudades desse momento único de conexão da amamentação; Ser mãe é querer ter um tempo para si e sentir saudades do filho quando ele está na escola; Ser mãe é querer que o pai tenha mais tempo com o filho e sentir ciúmes caso ele esteja mais apegado com o pai; Ser mãe é querer que o filho cresça logo se pegar revendo as fotos de bebê sentindo falta do tempo que passou; Ser mãe é sentir falta da vida tranquila de antes da maternidade e não imaginar como seria sua vida sem a existência do seu filho; Ser mãe é ficar estressada com as birras e bagunça que o filho faz e ficar sem entender quando ele está quieto demais; Ser mãe é querer a casa sempre organizada e achar lindo ver seu filho brincando no meio da bagunça de brinquedos que ele não vai arrumar; Ser mãe é ter vontade de sumir n

Sobre birras e a culpa materna

     Crianças são birrentas e choronas. Elas fazem escândalos quando são contrariadas. E quando elas agem desta forma causam desconforto em quem está por perto.       As mães  na grande maioria das vezes por serem responsáveis pelos cuidados dos filhos são questionadas por tais comportamentos: “Ele só tem esses ataques de birra com você”; “Ele estava bem até você chegar.”; “Ele está muito manhoso. Você precisa ser mais firme com ele.”      Esse tipo de comentário só serve para fazer com que a mãe se questione e duvide do seu maternar. Talvez ela pense: “Será que estou sendo uma boa mãe?”       O comportamento que se espera de uma criança em desenvolvimento é exatamente este: choro e birras em momentos que ela recebe um não ou é repreendida.      E é este mesmo comportamento que as pessoas insistem em julgar e taxar a criança como “mal-educada” pela sua mãe.  Eu destaquei um trecho de um artigo sobre desenvolvimento infantil que me chamou bastante atenção: Segundo a Dra. Ann Corwin, uma

O trabalho "comum" de ser mãe e o trabalho "extraordinário" de ser pai

     Esses dias viralizou um vídeo nas redes sociais de um repórter trabalhando com seu filho, um bebezinho de meses no colo. Ele precisava se concentrar na sua fala e tentava conter o filho que quase derrubou seus equipamentos de trabalho. Muitas pessoas elogiaram o pai, acharam o máximo ele trabalhar com o filho no colo e se surpreenderam positivamente com a reportagem.      Esta cena ganhou uma grande proporção, pois é muito rara de ser vista. Mas se pararmos para pensar quantas mulheres não fazem a mesma coisa que este homem e não são notadas, parabenizadas ou sequer são vistas como exemplo de mãe a ser seguido?    Para muitos elas não fazem mais do que a obrigação: "Não quis ter filho? Agora que se vire com suas responsabilidades de mãe.”    Mas o pai não, este ser que trabalha fora e provê o sustento da sua família, quando chega cansado em casa não precisa se preocupar em cuidar dos filhos, afinal este é ”o dever da mãe.”    E quando um pai decide cumprir com o seu papel  é

Proibido a entrada de crianças

Esses dias eu vi uma blogueira dizendo que foi renovar a CNH e levou o filho de 4 anos, pois não tinha com quem deixá-lo. A atendente a informou que da próxima vez ela não poderia levá-lo. No começo deste ano vi uma notícia onde uma blogueira "proibiu" crianças no seu casamento, o que gerou muita polêmica. A mãe na maioria das vezes é a principal pessoa responsável pelos cuidados do filho. Se o pai trabalha e ela não possui rede de apoio, qualquer lugar que ela precise ir o filho tem que ir junto. Se ele fica na escolinha, este é o único horário que ela consegue fazer alguma outra atividade sem precisar levá-lo, isso se ela não estiver trabalhando também. Depois que eu me tornei mãe eu me dei conta de como as crianças não são bem-vindas em muitos lugares. Crianças choram, fazem birra, mechem em tudo e não param quietas. Crianças exigem muita paciência dos adultos que a cercam. E a mãe é a única que possui essa tal paciência, embora às vezes surte em alguns momentos, sendo p

Parece que foi ontem...

Parece que foi ontem que eu fiquei sem reação ao ver o positivo do teste de gravidez; Parece que foi ontem que eu comprei o primeiro sapatinho de bebê; Parece que foi ontem que eu senti os primeiros enjoos e deixei de usar calça jeans por causa da barriga de grávida; Parece que foi ontem que eu vi seu coração bater no ultrassom pela primeira vez; Parece que foi ontem que eu senti você chutar a minha barriga e fui correndo chamar o seu pai para sentir você chutar também; Parece que foi ontem que eu descobri se meu mundo seria rosa ou azul e sai contanto para todos o seu nome; Parece que foi ontem que eu mal conseguia dormir de ansiedade pensando no dia do nosso grande encontro; Parece que foi ontem que fiz o seu chá de bebê, recebi a família e os amigos, tiramos fotos e celebramos a sua chegada que se aproximava; Parece que foi ontem que eu lavei suas roupinhas, passei e guardei elas na gaveta da cômoda e fiz a mala da maternidade; Parece que foi ontem a última consulta do pré-natal ond

O lugar comum da maternidade

     Não importa qual a sua idade, classe social ou escolaridade. Quando você  é mãe muita coisa do que você acreditava ser o “certo”, deixa de fazer sentido;      Não importa se você leu tudo sobre educação positiva  e maternidade ou se fez cursos de amamentação. Quando você é mãe não terá respostas para muitas perguntas do cotidiano;      Não importa se você pretende ter um parto normal ou cesariana. Quando esse momento chegar você vai se sentir insegura e  com muito medo. Talvez  você se pergunte:  Porquê foi inventar de ter um filho? Até você ver o rostinho do seu bebê e esquecer tudo aquilo que tanto te amedrontava;      Não importa se você é mãe de primeira viajem ou se já tem dois ou mais filhos. Quando você é mãe descobre na prática que a experiência não torna as coisas mais fáceis assim como a inexperiência não torna as coisas mais difíceis;      Não importa se você tem um ótimo plano de saúde ou se depende do SUS. Quando seu filho está doente não há nada que te faça ficar tra

Quando a maternidade é "ingrata"

     Filhos são ingratos.” Tá aí uma frase que eu ouvia constantemente da minha finada avó Dona Josefa. Ela sempre tinha alguma queixa sobre as escolhas dos seus filhos.      Ela tinha a sua fé cristã e fazia questão de levá-los para igreja. Ela acreditava saber o que era melhor para eles. Ela ensinava os valores de fé dos quais acreditava a fim de que eles também seguissem suas crenças.      Com o passar dos anos todos deixaram de frequentar denominação religiosa da mãe. Alguns casaram, outros não. Uns tiveram filho e outros não. Uns mudaram para longe e se formaram na faculdade. Já outros nem completaram 2° grau. Alguns, a  visitavam constantemente, pois moravam perto, outros moravam longe e a visitavam quando conseguiam.      “Filhos são ingratos.” Dizia a minha avozinha.      Sabe porque ela pensava assim?      Porque ela esperava que todos correspondem as suas expectativas. Ela sentia que eles não reconheciam os seus esforços enquanto mãe quando faziam algo que a desagradasse, alg