A maternidade nos coloca diante de um espelho. Onde reflete nosso passado, traumas, inseguranças e fraquezas.
Quando somos expostos à essas vulnerabilidades, nos despimos de muitas convicções que acreditávamos fazerem parte de nós até o nascimento do nosso filho.
Este espelho traz a tona questionamentos que nos fazem duvidar sobre quem nós realmente somos.
Evitamos olhá-lo em alguns momentos, pois é desconfortante não se encontrar mais no próprio reflexo. Mas ele está ali nos convocando a enxergar o que ele tem a nos mostrar.
Ele nos apresenta a alguém desconhecido. Alguém que não temos a mínima ideia de quem seja. Alguém que todos dizem que nós somos. Alguém que chegou de repente e até roubou nosso nome. Alguém chamado: mãe.
Esse alguém que precisamos conhecer, decifrar e entender. Esse alguém que nos faz sentir falta do nosso antigo eu. Aquele eu que não era a mãe de ninguém e não tinha tantas responsabilidades.
Leva algum tempo para notarmos então quem nos tornamos a partir deste encontro com a maternidade. Lentamente percebemos que ela chegou para potencializar nossas qualidades, melhorar nossas habilidades e nos fazer perceber o quanto somos capazes: de ser e realizar. De sonhar e conquistar. De gerar, amar, cuidar, empreender e altos voos alcançar.
E este espelho que a princípio não parecia ser uma companhia agradável torna-se um bom amigo. Aquele que nos revela quem nós somos a partir de então:
Uma mulher que se tornou mãe, mas que não é mãe acima de tudo. Uma mulher que sabe o tamanho da sua força e coragem. Uma mulher que enfrenta qualquer adversidade.
Uma mulher que aprendeu a se amar de verdade.
Texto: @giselesertao @afagodemaeoficial
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