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Mostrando postagens de novembro, 2021

A mãe "perfeita"...

Sabe qual é o melhor tipo de parto; Sabe como educar um filho; Sabe o que fazer na hora da birra; Sabe a maneira correta de fazer ele dormir e onde deixar ele dormir também; Sabe como se manter vaidosa; Sabe como deixar a casa sempre organizada; Sabe como manter a carreira profissional depois da maternidade; Sabe como dar atenção ao filho sempre que ele precisa mesmo trabalhando fora; Sabe como continuar a sair com os amigos e manter sua vida social mesmo com filho; Ela sabe tudo isso e muito mais coisas, porém há um detalhe: ela ainda não tem filhos. Pensamentos como esses fazem com que muitas mulheres idealizem uma mãe "ideal", que existe somente somente na cabeça delas. Quando a maternidade chega e muita coisa do que se esperou não é correspondido, acontece a sensação de frustração e até fracasso em alguns momentos. O que existe é a mãe possível, aquela que faz o seu melhor da maneira que dá certo pra ela e pro seu filho, mesmo que algo saia fora "planejado". Tá

Verdades sobre a série Maid (Netflix) (Alerta de Spoiler)

4 Verdades sobre o quanto a maternidade pode ser pesada (ALERTA SPOILER) 1) Impotência da Alex quando lhe impõem o que deve ser feito        A forma como foi maltratada pelo marido inúmeras vezes e não conseguia ter voz para tentar reverter a situação;      A humilhação no trabalho e o fato de não poder reagir porque não tinha outra opção;      A decisão da Justiça em conceder a guarda ao pai da sua filha. 2)  A maior parte do cuidado e necessidades que a filha exige são supridas pela mãe      O pai de Maddy não pode faltar no trabalho para ficar com a filha doente, já a mãe que também trabalha precisa se virar;    Os cuidados com a filha doente, consultas médica, e as noites em claro são responsabilidades dela;    Procurar uma creche e resolver todas as questões que envolvam isso também é tarefa da mãe. 3) A sociedade é cruel com as mães    No trabalho não há chance dela faltar pra ficar com a filha doente, ou "dá um jeito" ou perde o emprego;      A Responsável pela crech

Série: Maid (Netflix)

     Alex é uma jovem mãe da Maddy de quase 3 anos, que  vive em um relacionamento abusivo com Sean, após um episódio de explosão dele por causa da bebida, ela decide ir embora de casa  com sua filha embora de casa, sem destino certo.      Elas vão para um  abrigo de proteção à vítimas  de relacionamentos agressivos e abusivos. Esse relacionamento conturbado traz gatilhos da infância que ela viveu com um pai também alcoólatra que agredia a sua mãe, ela  vai então em busca de um recomeço a fim de fazer o melhor para sua filha, e tenta desvencilhar-se desse relacionamento destrutivo.    Ela faz faxinas em casas de família, e passa por grandes dificuldades para conciliar o trabalho e a maternidade solo, já que não possui rede de apoio.    A mãe de Alex vive alienada em seu mundo artístico e místico,  e traz para a filha a  responsabilidade de ser mãe da própria mãe em diversos momentos.    Alex possui uma força admirável, que não a deixa parar de tentar, mesmo com as circunstâncias sendo

Para a mãe de recém nascido

     Esses dias eu vi uma mãe recebendo alta do hospital com o seu recém nascido nos braços. Fiquei pensando nela e nos  desafios que ela iria enfrentar dali em diante, e lembrei-me da mãe recém nascida que um dia eu fui.    Eu fiquei muito feliz no dia da alta hospitalar, mas ao mesmo tempo estava com muito medo e insegura com tudo de desconhecido que havia pela frente. A partir daquele dia  iríamos então  aprender na raça a  sermos mãe e filho pra valer, sem a ajuda de enfermeiras ou terceiros.    Os primeiros dias não foram nada fáceis, além de ser tudo muito novo, o meu medo de errar era enorme. Eu exigia de mim mesma que eu fosse  “perfeita”, como se fosse possível  alguma mãe  assim neste planeta.    Fui  então conhecendo meu filho e suas necessidades,  a cada mamada, gesto, olhar  e choro. É como se o mundo tivesse parado e nada mais  importava, somente ele.  Eu ficava em  alerta o tempo todo para atendê-lo, e nossa conexão ia crescendo a cada dia.    Me sentia confusa, com medo

Conselhos para uma grávida

     Aqui vão alguns conselhos que eu gostaria de ter ouvido quando eu estava grávida:      Tire muitas fotos, mesmo que você ache que não está tão bonita quanto gostaria. É normal ter dias que você esteja com a baixa auto estima, mas acredite lá na frente você sentirá saudades desse barrigão, e elas serão sua única lembrança desse momento único;      Aproveite o quanto puder um tempo com as amigas, ou pessoas próximas. Por mais que essas pessoas estejam presentes na sua vida após o nascimento do seu filho, a sua rotina e suas prioridades vão mudar, e você não terá o mesmo tempo e disposição de antes pra muita coisa que achava que teria;      Não leve a ferro e fogo os palpites que você vai ouvir,  vão te dizer muita coisa que não vai gostar, com a “intenção” de ajudar, principalmente se for mãe de primeira viagem, não deixe palavras negativas fazerem morada em seu coração;      Tente não  se preocupar  tanto com o  peso que você vai ganhar. Por mais que haja a ansiedade em saber se vo

A mãe que “gostariam” que você fosse…

     Pausa a carreira profissional para se dedicar ao filho, mas também tem que trabalhar fora afinal ela precisa da sua independência financeira, e  os filhos crescem, seguem suas vidas, e nem se lembrarão do tanto que ela se dedicou;      Amamenta  o bebê desde o primeiro dia de vida dele, mas não pode amamentá-lo por muito tempo afinal é “feio” um meninão enorme mamando no peito;      Dá as papinhas amassadinhas feitas na hora, afinal congelar os alimentos faz com que  se perca os nutrientes, mas os oferece em método BLW pois é a melhor opção;      Não fica com o menino no colo o tempo todo, para que ele não fique "mal acostumado", mas também nina ele no colo para que ele durma no seu aconchego, e se ele chorar ao ser colocado no berço ela deve estar pronta para atendê-lo imediatamente, pois é isso que se espera de uma boa mãe;      Não pode deixar a sua vaidade de lado, precisa se cuidar, vai que o marido “arruma outra”, mas se veste de um jeito que nem parece que é mãe;

"Você não tem cara de quem vai aguentar um parto normal"

     Eu sempre achei lindo parto normal, em como a natureza é perfeita em fazer com que mãe e filho juntos se esforcem pra esse lindo encontro, mas também sempre tive muito medo de como seria esse processo.   Durante todo o meu Pré Natal eu tentava formar uma opinião sobre  qual decisão eu acharia melhor tomar, normal ou cesariana? Eu me fiz essa pergunta todos os dias durante os 9 meses de gestação,  avaliei prós e contras de ambos tipos de parto, mas não conseguia ter convicção do que realmente queria.    E essa era uma das perguntas mais frequentes que eu ouvia: Quando nasce o seu bebê? Já tem data de parto agendado? Vai ser normal ou cesariana?  A minha resposta era: “Vou esperar o dia que o bebê quiser chegar e no dia saberemos, quem sabe seja normal, ou talvez cesariana.”    Até que um dia eu ouvi a seguinte frase: "Você não tem cara de que vai aguentar parto normal".    Fiquei sem palavras e sem reação ao ouvir isso, desconversei e não falei nada sobre esta colocação c

Bom mesmo é ser como criança

   "Todas as pessoas grandes foram um dia crianças. Mas poucas se lembram disso”. Este é um trecho do Livro o Pequeno Príncipe, um clássico da literatura universal.      Ele nos faz pensar em como nos deixamos ser levados pelas preocupações da vida adulta, no quanto estamos ocupados o tempo todo com questões "importantes", e nos esquecemos muitas vezes de olhar pra vida com o olhar aventureiro e curioso de uma criança. Por mais adultos que sejamos e responsabilidades tenhamos, carregamos dentro de nós a criança que um dia fomos.      Às vezes a deixamos de lado, esquecida e abandonada, mas ela está sempre ali dentro da gente esperando uma oportunidade pra reaparecer.    Quando temos um filho ou a oportunidade de conviver com uma criança, passamos a prestar mais atenção nas coisas simples da vida, e voltamos a ser como elas. Redescobrimos a beleza de uma flor; Nos encantamos com passarinhos voando; Brincamos na areia e corremos atrás de um balão perdido; Corremos pra lá e

Quando nasce uma mãe, nasce a culpa.

     O sentimento de culpa é inevitável na vida de uma mãe, seja qual for a etapa que ela esteja vivenciando na maternidade. Por mais que tentemos desconstruir a imagem romantizada da mãe perfeita, inúmeras vezes nos questionamos se estamos fazendo o melhor e da melhor maneira possível.      Já na gestação há a preocupação com a saúde do bebê, e caso algo não esteja conforme o esperado por mais bem que a mãe se alimente, ela há de se questionar, será que eu fiz algo que não deveria ter feito?      O tipo de parto por exemplo, se for diferente do que foi  idealizado e planejado por ela mesma, ela há de se perguntar: Eu deveria ter sido mais “forte” ou achar que “falhou” em algum momento.      A amamentação, por mais inúmeras tentativas  que possam ter sido feitas,  se também não aconteceu como o esperado, seja pela falta de pega do bebê, ou por que ele precisava de complemento para se alimentar, ela há de  pegar a culpa para si  disso também.      O primeiro tombo do bebê, a falta de ap

A falta que uma mãe faz

    Lembro-me como se fosse hoje de uma preocupação latente da minha finada Vozinha Dona Josefa: Partir deste mundo e deixar seus filhos sem mãe. Eu dizia: Ahh vozinha não se preocupe não, eles já estão todos criados e sabem se virar, e a senhora há de viver muito com fé em Deus. Ela viveu até os 87 anos e pode acompanhar muitas experiências com filhos, netos e bisneto.      Com essa notícia trágica da morte da Marília Mendonça, uma fala do Luciano Huck me fez refletir bastante: "Sofrer um acidente de avião e escapar dele é que nem ser pai ou mãe, você pode tentar explicar mas somente vivendo essa experiência para entender realmente como é."      Eu não entendia essa preocupação de morrer e deixar os filhos que minha avó tinha até que eu me tornei mãe. Por mais amor e cuidado que um filho possa receber de qualquer familiar na falta de sua mãe, ninguém substitui uma mãe. A mãe é capaz de abdicar dos seus sonhos, para cuidar de um filho: Ela o ama incondicionalmente mais do que

O trabalho mais difícil do mundo

Cargo: Diretor de operações Descrição da vaga: Trabalhar em pé praticamente o tempo todo, curvando-se,  se esforçando, e gastando bastante energia por tempo ilimitado, gastando bastante energia por tempo ilimitado, 7 dias por semana, 24 horas por dia, sem intervalos disponíveis. O Almoço é permitido somente depois que o associado já tiver se alimentado. É preciso poder de negociação e precisa se acostumar a ambientes caóticos. Não há tempo para dormir, é preciso ficar com o associado durante a noite toda. Se você tiver uma vida, pedimos que a abandone, pois não haverá férias, natal, ano novo, nem feriados. A carga horária ficará cada vez mais pesada. Salário: Sem remuneração. Provavelmente, se você visse o anúncio desta vaga de emprego, você sairia correndo imediatamente e não se candidataria. Este foi um anúncio fictício, onde foram feitas entrevistas reais e a reação dos entrevistados foram de choque, disseram ser uma piada, desumano, louco e doentio esse cargo, e obviamente ninguém