Esses dias eu vi uma mãe recebendo alta do hospital com o seu recém nascido nos braços. Fiquei pensando nela e nos desafios que ela iria enfrentar dali em diante, e lembrei-me da mãe recém nascida que um dia eu fui.
Eu fiquei muito feliz no dia da alta hospitalar, mas ao mesmo tempo estava com muito medo e insegura com tudo de desconhecido que havia pela frente. A partir daquele dia iríamos então aprender na raça a sermos mãe e filho pra valer, sem a ajuda de enfermeiras ou terceiros.
Os primeiros dias não foram nada fáceis, além de ser tudo muito novo, o meu medo de errar era enorme. Eu exigia de mim mesma que eu fosse “perfeita”, como se fosse possível alguma mãe assim neste planeta.
Fui então conhecendo meu filho e suas necessidades, a cada mamada, gesto, olhar e choro. É como se o mundo tivesse parado e nada mais importava, somente ele. Eu ficava em alerta o tempo todo para atendê-lo, e nossa conexão ia crescendo a cada dia.
Me sentia confusa, com medo, triste, alegre e com vontade de chorar ao mesmo tempo. É uma loucura esse tal de puerpério. Senti um choque de realidade neste início, pois a minha cabeça por diversas vezes funcionava como se eu tivesse que fazer as mesmas coisas, e com a mesma agilidade de antes de ter um bebê, e isso era impossível com toda certeza.
Eu tive que reaprender a viver com uma nova rotina totalmente diferente da que era antes de ter filho, a verdade é que nada será como antes, e era loucura que eu cobrasse de mim mesma que fosse.
Com o tempo, as coisas se tornaram naturais, e aquele medo e insegurança deram lugar a confiança e tranquilidade mesmo em meio ao "caos". Mesmo sem saber o que fazer nos momentos difíceis eu conseguia levar de forma leve sem o desespero dos primeiros dias.
Gostaria de dizer tudo isso para aquela recém mãe, e dizer também que vai ficar tudo bem, que ela vai conseguir superar cada desafio mesmo que ache diversas vezes o contrário, e que ela terá muito orgulho da mãe incrível que se tornou.
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