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Mostrando postagens de maio, 2022

HQ: Persépolis

     Persépolis é uma história em quadrinhos autobiográfica sobre a autora Marjane Satrapi. Ela relata sobre o contexto do seu país de origem Irã, e o momento que ela e sua família viveram. No início de 1979 a revolução iraniana lançou o país nas trevas do regime xiita, o que levou muitas pessoas à morte e à perda da liberdade de expressão.      Marjane foi uma criança que viveu a transição de um país ocidentalizado para um país fundamentalista. Ela estudava em uma escola laica de educação francesa que foi obrigada a se adaptar a imposições do governo e da religião. As meninas foram separadas dos meninos e foram obrigadas a usar o véu.      Os pais de Marjane sempre incentivaram a filha a estudar, a ter opinião própria e a lutar pelos seus sonhos. Perceberam então que o melhor para ela  era ficar longe de todo esse conflito, a enviaram então aos 14 anos para a Europa. Sozinha, Marjane precisou se adaptar a outra cultura e passou por muitos momentos desafiadores longe de casa.      A in

É preciso conhecer a fome para saber descrevê-la”.

     Passando pelo bairro São Mateus, na zona leste de São Paulo, avistei a ocupação Maria Carolina de Jesus. Lembrei-me imediatamente da realidade sofrida por Dona Carolina. Eu a conheci através de seu livro: Quarto de Despejo- o diário de uma favelada no início deste ano.      Conheci de perto  através de Carolina  uma das piores mazelas deste mundo: a fome. Essa  era sua companheira diária. Era também o motivo dela trabalhar catando papel fizesse sol ou chuva para que seus meninos pudessem se alimentar.   Ela era uma crítica assídua dos governantes que pouco faziam pelos mais desfavorecidos: “O que eu aviso aos pretendentes a política, é que o povo não tolera a fome. É preciso conhecer a fome para saber descrevê-la”.   De alma poeta, ela escrevia sobre a miséria dos favelados, ela odiava os políticos pois eles sempre prometiam mundos e fundos nas eleições e depois que ganhavam desapareciam, deixando assim os pobres a  ver navios.    Ela dizia: “O Brasil precisa ser dirigido por uma

Peça de teatro: Mãe fora da caixa

   Inspirada no livro Best Seller em vendas Mãe fora da caixa da escritora  @maeforadacaixa , a peça de teatro Mãe fora da caixa é um monólogo interpretado pela atriz Miá Mello.     Você mãe com toda certeza vai rir, chorar, se emocionar e se identificar em diversos momentos com cenas que retratam a realidade da maternidade com um toque de humor característico da Miá.    A peça está de volta depois  de ter sido pausada por causa da pandemia. Ela está em cartaz às sextas, 20h, aos sábados e aos domingos às 19h no Teatro das Artes que fica no Shopping Eldorado em São Paulo.     Eu assisti e foi a primeira vez que eu fui ao teatro depois que me tornei mãe, adorei a experiência.     Lembre-se de levar o seu comprovante de vacinação da Covid, ele é imprescindível para poder entrar.     Aqui o o link com mais informações da peça:  MÃE FORA DA CAIXA – Teatro das Artes SP    E você já assistiu ? Se sim me conta aqui o que achou, e se ainda não foi depois me conta como foi pra você ok? Por: @gi

A escrita tem o poder de transformar e conectar pessoas

     Eu sempre gostei muito de ler e escrever. Após o início da minha graduação eu deixei os livros um pouco de lado por falta de tempo, e a minha escrita era mais voltada para coisas acadêmicas.      Após o nascimento do meu filho e a chegada de uma pandemia assustadora eu me vi dentro de casa com todas as funções que competem a uma mãe, triste e solitária em diversos momentos.      Foi em uma sessão de terapia que eu lembrei  o quanto eu gostava de escrever e há muito tempo não fazia isso. Passei então me expressar sobre o que eu sentia através da escrita, o que foi muito terapêutico e transformador pra mim.      Os textos da  @maeforadacaixa  foram muito importantes para que eu validasse os sentimentos que estavam aflorados e confusos nesta fase tão desafiadora que é a maternidade.      Ao ler o livro Mãe fora da caixa eu me senti ainda mais acolhida, senti que eu não estava sozinha, e que nada do que eu sentia ou pensava era loucura da minha cabeça.    Com o tempo tive coragem de p

A força e a fraqueza da maternidade

    A maternidade traz à tona nossas maiores vulnerabilidades. A vaidade é deixada de lado e faz com que nós não reconheçamos nosso próprio reflexo no espelho. A rotina agitada desaparece e é substituída por dias exaustivos que são dedicados a um serzinho completamente dependente dos nossos cuidados. As amizades se afastam, e a solidão torna- se uma fiel companheira. As relações pessoais mudam, pois o filho se torna a prioridade desta mulher que agora é  mãe e já não pode ser a mesma filha, amiga, ou esposa de antes. Até a nossa própria identidade se perde nesse turbilhão de sentimentos contraditórios, confusos e sombrios que faz com que nós questionemos quem  somos a partir de agora.      A maternidade potencializa as fragilidades que nós nem sabíamos que existiam até seguramos nosso filho nos braços. A maternidade faz com que revisitemos a nossa própria infância, que enxerguemos a nossa própria história sob uma nova perspectiva. Ela faz com  que compreendamos os nossos pais e nos faz

Livro: Longe da Árvore: (Cap. 05-Autismo)

  Sobre o capítulo:        Andrew Solomon  retrata a temática do Autismo. Ele destaca aspectos de como cada família descobriu o diagnóstico de seus filhos e se sentiu em relação a isso. Ele aborda também o convívio em sociedade, o preconceito sofrido e as limitações  vivenciadas pelas  pessoas com esta síndrome. Sobre o autismo:      Trata-se de uma síndrome, não de uma doença, pois é um conjunto de comportamentos, não uma entidade biológica conhecida. A síndrome abrange um grupo altamente variável de sintomas e comportamentos, e pouco sabemos sobre onde ela se localiza no cérebro, por que ocorre ou o que a desencadeia. Não temos como mensurá-la, a não ser por suas manifestações externas. Principais sintomas:   Falta ou atraso na fala; comunicação não verbal deficiente; movimento repetitivo, inclusive agitação dos braços e outros comportamentos auto estimulantes; contato visual mínimo; pouco interesse por amizades; falta de brincadeiras espontâneas ou imaginativas; empatia, insight

Livro: Se não eu quem vai fazer você feliz?

Neste livro Graziela relata a sua história de amor com um dos maiores ídolos do Rock nacional dos últimos tempos: Chorão, vocalista da banda Charlie Brown Jr. Ela o conheceu muito antes da sua banda se tornar famosa. Graziela sempre acreditou no talento do Chorão e foi incentivadora dos seus sonhos, além de musa inspiradora é claro. Muitas músicas que embalam os romances de tantos casais Brasil afora foram compostas pelo chorão inspirada na história de amor que eles viveram. Além do artista que inspirou milhares de brasileiros, neste livro você vai conhecer um pouco mais sobre o ser humano Alexandre, (seu nome de batismo), alguém apaixonado pela vida, simples, generoso e coração bom, mas também de temperamento forte, inseguro e com muitos conflitos internos. A história de amor deles dois é marcada por altos e baixos, idas e vindas, conquistas e dificuldades também. Graziela tentou com todas as suas forças ajudar o seu companheiro a vencer a luta contra o vício pelas drogas, mas infel

Enquanto você dormia...

  Eu te admirava e me apaixonava cada vez mais por você; Enquanto você dormia eu olhava as suas fotos e me perguntava como o tempo passa tão rápido quando temos um  bebê; Enquanto você dormia eu sentia alívio no silêncio e na tranquilidade que seu sono me proporcionava por algumas horas para enfim conseguir descansar; Enquanto você dormia eu sentia saudades e me perguntava se você iria demorar muito tempo para acordar; Enquanto você dormia  eu acordava de hora em hora pra me certificar se estava tudo bem com você; Enquanto você dormia eu pedia pro tempo passar devagar, pois é difícil pra mim imaginar o dia em que você não vai mais dormir sob os meus olhares atentos e vigilantes; Enquanto você dormia eu pedia pra Deus te proteger e te guardar de todo mal. Eu pedia também para que Ele me permita viver nesta Terra enquanto você for dependente dos meus cuidados, pois sei que ninguém jamais se dedicaria a você com todo o amor que eu tenho por ti; Enquanto você dormia eu sentia lágrimas de g

Série: This is Us

     This is us, é uma drama que conta a trajetória da família Pearson intercalando passado, presente e futuro. Rebeca e Jack, são um casal apaixonado que tiverem trigêmeos. Eles criam seus filhos em um ambiente com muito afeto lhes ensinando valores dos quais acreditam. Ao longo do seriado a trama explora a vida de cada personagem revelando seus  segredos, dificuldades e superações.      This is us fala de amor entre pais e filhos, amor entre casais, a relação de irmãos, conflitos familiares, alcoolismo, adoção, obesidade, entre tantos outros temas importantíssimos.      A série envolve seus espectadores e os arrasta para dentro do universo desta família os mergulhando em todos os seus dramas e anseios.      Você provavelmente vai se sentir parte da trama, vai rir, chorar, vibrar, se emocionar e sentir cada conquista e derrota como se fossem suas.      A narrativa explora a vida, as relações interpessoais, as vulnerabilidades, medos, força e amadurecimento de cada personagem ao longo

A maternidade é uma escolha

    Ao ler o livro Mães Arrependidas que fala sobre um tema polêmico e tabu na nossa sociedade, um trecho me chamou bastante atenção. Nele algumas mulheres relatam que embora amem seus filhos, não gostam de serem mães devido ao fato de não conseguirem deixar os pensamentos sobre a maternidade em nenhum momento de suas vidas. Não importa se elas estão trabalhando, viajando, presas, ou até mesmo se o filho já é adulto e não está mais sob os seus cuidados,  os seus pensamentos estão sempre voltados para a maternidade.     As mulheres são muito cobradas para serem mães, se alguma mulher diz que não deseja ter filhos muito provavelmente é questionada ou incompreendida. Muitos pensam que só pode haver algo de "errado" com ela.      A maternidade tem um alto preço, que depois de encarada é irreversível. Não se deixa de ser mãe simplesmente por não gostar de todo o pacote que vem junto com a chegada de uma criança.     Mas afinal que alto preço é este que a mulher enfrenta após a che

Mãe eu não entendia...

 O porque você pegava tanto no meu pé para que eu me alimentasse direito, até que eu me tornei mãe e morri de preocupação quando meu filho começou a recusar frutas e legumes; Mãe,  eu não entendia o porque você insistia sempre para que eu andasse bem agasalhada, até que eu me tornei mãe passei a agasalhar meu filho a cada mudança mínima de temperatura; Mãe,  eu não entendia o porque você implicava com algumas amizades minhas na adolescência, até que eu me tornei mãe e passei a ter medo de que meu filho ande com más companhias quando essa fase  chegar na vida dele; Mãe,  eu não entendia o porque você repetia milhares de vezes a mesma coisa, até que eu me tornei mãe e compreendi que preciso encucar insistentemente na cabeça do meu filho o que é certo e errado para que ele jamais esqueça de valores e princípios importantes para a formação do seu caráter; Mãe, eu não entendia porque você se preocupava comigo como se eu fosse criança mesmo depois de adulta, até que eu me tornei mãe e perceb

O cordão é cortado, a conexão transformada e o amor eternizado

Por 9 meses mãe e filho dividem  o mesmo corpo e seus corações batem no mesmo compasso.  Ao nascer desta nova vida, corta-se o cordão umbilical que os conectavam. Eles então se conhecem e constroem aqui fora um novo vínculo  a cada troca de fraldas, mamadas, olhares, beijos e abraços repletos de afeto. Aquele cordão cortado no parto foi um primeiro passo de todas as etapas que sofrerão mudanças nessa relação de mãe e filho ao longo da vida: Quando com lágrimas nos olhos a mãe precisar retornar ao trabalho no fim da licença maternidade e já não estará às 24 horas do dia ao lado do seu bebê; Quando aquelas roupinhas lindas já não caberem mais no seu filho e ela perceber o quanto ele está crescendo na velocidade da luz; Quando ele passar a tomar mamadeira, deixando seus seios cheios de leite e seu coração em pedaços pelo fim da amamentação que lhes proporcionou muitos momentos de conexão; Quando ele for para a escolinha pela primeira vez e se despedir todo feliz enquanto ela enxuga suas l

Acredite no seu maternar

  Mãe, Talvez te digam para que você não acostume seu bebezinho no colo; Mas como você poderia deixar de carregar nos braços  aquele que por 9 meses você carregou dentro do seu próprio ventre? Talvez te digam para que você não atenda o choro do seu bebê imediatamente; Mas como você poderia deixar chorar aquele serzinho indefeso que precisa tanto do seu acalento? Talvez te digam para que você não deixe seu bebê dormir na sua cama; Mas como resistir à vontade de dormir abraçada com aquele pacotinho de amor? Talvez te critiquem ao dizer que seu bebê está apegado demais com você; Mas como ele não estaria? Se você é a pessoa   que está 90% do tempo cuidando dele e lhe dando todo afeto que ele necessita? Talvez te digam que você está muito envolvida com a maternidade ; E como não estaria? Se seu filho é totalmente dependente dos seus cuidados para sobreviver? Talvez te julguem por você fazer o que acha o melhor para o seu filho; Mas com que direito fazem isso? Se sequer estavam lá nas madrug