Quando chegamos a este mundo não sabemos de nada. Os responsáveis por nossos cuidados nos ensinam valores e crenças das quais acreditam serem o "certo" para a nossa vida. Os familiares que convivem conosco também possuem influência na nossa criação e na nossa maneira de ser e agir. Enquanto crianças e adolescentes, nós absorvemos como esponjas o que acontece no ambiente em que estamos inseridos.
Devido às dificuldades e limitações dos meus pais, a minha criação teve muitas interferências familiares. Eu cresci condicionada a pensar de acordo com a vontade dos demais. Eu sentia a necessidade de agradar às pessoas para me sentir "aceita".
Eu tinha muita dificuldade em pensar o que era melhor pra mim. Primeiro eu pensava no que era melhor para as pessoas que conviviam comigo. Mas quando eu fazia bem para os demais eu fazia mal para mim mesma.
Durante 28 anos eu vivi uma prisão emocional muito grande, onde eu não conseguia ser livre verdadeiramente para fazer as minhas escolhas sem me sentir "culpada" em decepcionar aqueles que projetavam tantas expectativas sobre a minha vida.
Após eu me mudar da cidade em que cresci e vivi grande parte da minha vida, iniciar terapia, ler a bíblia, livros, escrever e ouvir conteúdos edificantes, eu fui tomando posse da minha verdadeira identidade em Deus.
Antes mesmo de eu nascer, meu Pai Celestial me criou com o propósito determinado por Ele: falar do amor de Jesus para as pessoas.
E eu não conseguia me sentir livre em Jesus Cristo para cumprir este propósito enquanto eu estava apegada as minhas raízes, às pessoas que ajudaram a me criar e ao que os demais pudessem pensar sobre mim também.
Durante muitos anos eu acreditei no que muitas gente dizia a meu respeito por causa dos seus julgamentos e pré-conceitos estabelecidos sobre mim.
Eu ouvia coisas ruins na escola, na parentela, nos empregos e até na igreja. E eu ficava sempre calada. Eu acreditava que eu era inferior aos demais e que eu não tinha o direito de expressar minha opinião. Eu não questionava sobre nada de ruim que eu ouvia. Eu simplesmente acreditava nessas coisas negativas.
Mas a verdade é que eu só acreditava em tudo isso de porque eu ainda não me conhecia verdadeiramente em Deus.
E eu só pude me conhecer nEle quando eu fiquei um longo período sozinha. E foi neste tempo solitário que tomei posse das Palavras boas que meu Pai sempre pensou sobre mim:
Eu sou uma menina alegre, sonhadora, extrovertida, sensível, generosa, amiga, solidária, verdadeira, corajosa e autêntica.
Esses dois últimos atributos eu alcancei pela graça e misericórdia de Jesus Cristo, meu Salvador, depois de muito sofrer coisas ruins.
A minha autenticidade e coragem para dizer e escrever o que penso e sinto, eu alcancei em Deus após ser manipulada desde o meu nascimento até os meus 28 anos. Após ter sido feita de boba por muitos anos por pessoas que eu acreditava que gostavam de mim, que eram minhas "amigas", mas que me fizeram de fantoche para conseguirem o que queriam grande parte da minha vida.
E essas pessoas acreditavam que iam "se dar bem" as custas do meu sofrimento. Acreditavam que iam me descartar como um objeto e que eu ia sofrer com a ausência delas.
Mas não, Deus me abriu os olhos e me libertou dessas pessoas falsas, mentirosas e perversas. E me fez compreender o poder do seu amor e da sua Palavra na minha vida.
Poder esse que foi capaz de ressignificar a minha história. E de me transformar na pessoa que meu Pai sempre sonhou que eu fosse. E que eu só conseguiria ser longe dessas pessoas.
E eu continuarei em transformação até o meu último dia nessa Terra, disso eu tenho certeza.
O autoconhecimento é libertador. Quando eu passei a me conhecer melhor, passei a entender os Planos de Deus para a minha vida e encontrei a felicidade nEle até nos momentos difíceis e turbulentos.
Obrigada Pai por seu infinito amor, graça e misericórdia em minha vida. Obrigada também por me tornar verdadeiramente livre em Jesus Cristo, meu Salvador.
Texto: @giselesertao @afagodemaeoficial
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