A maternidade é intensa. Ela é cheia de emoções que se misturam todos os dias.
Quando se é mãe e também se convive com a bipolaridade essa jornada ganha ainda mais desafios.
Existem dias em que a energia transborda: a criatividade, o carinho, a disposição para brincar e estar presente parecem infinitos. Em outros, levantar da cama já é uma grande vitória.
Essas oscilações não significam falta de amor pelo filho, muito pelo contrário: cada esforço silencioso, cada pequeno gesto, cada tentativa em meio ao cansaço e à dor são provas diárias de um amor imenso e corajoso.
A maternidade para quem vive com bipolaridade é feita de batalhas invisíveis. São lutas internas que ninguém vê, mas que exigem força, resiliência e, principalmente, muita compaixão consigo mesma.
Nem sempre é fácil pedir ajuda. Nem sempre é simples explicar que o silêncio, o cansaço ou a falta de ânimo não têm nada a ver com desistência ou falta de vontade — são apenas parte de uma condição que precisa ser respeitada e cuidada.
Ser mãe com bipolaridade é aprender a reconhecer os próprios limites e, ainda assim, encontrar maneiras de estar presente. É transformar o amor em pequenos atos diários, mesmo quando o corpo e a mente pedem pausa.
E mais do que tudo, é entender que ser uma boa mãe não significa ser perfeita. Significa ser real, ser humana, e amar com tudo o que se tem — nos dias de sol e, principalmente, nos dias de tempestade.
A cada amanhecer, mesmo com todas as dificuldades, nasce também a coragem de continuar.
Texto: @giselesertao @afagodemaeoficial
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