Pular para o conteúdo principal

"Todas as pessoas grandes foram um dia crianças, mas poucas se lembram disso."

 Cuidar de uma criança não é uma tarefa tão difícil. Difícil mesmo é conciliar tarefas domésticas, trabalho e cuidados conosco enquanto cuidamos de uma criança. 

Sempre que posso brinco com o meu filho e a casa fica aquele caos, para que ele tenha a minha atenção que é tão solicitada.

Antes de dormir, sempre leio para ele a Bíblia infantil. É um momento onde compartilhamos juntos e faz parte da nossa rotina.

Um dia desses, enquanto eu estava atarefada, meu filho me chamou algumas vezes para brincar e eu pedi que ele esperasse um pouquinho, pois eu estava ocupada naquele momento.

Logo em seguida fui surpreendida por ele que me trouxe a sua Bíblia e me disse: "História de Jesus mamãe". Ali ele tinha a expectativa que eu parasse o que eu estava fazendo para dar atenção a ele. E de fato parei tudo para atendê-lo.

Lembrei-me do trecho do Pequeno Príncipe onde o piloto diz ao principezinho que está ocupado demais com coisas importantes. E é assim que muitas vezes agimos com nossas crianças.

Nem sempre é por mal. Simplesmente estamos atarefados com coisas de adulto, enquanto as crianças desejam a nossa atenção para o que é importante para elas: brincar e ser criança.

Este trecho do livro diz bem sobre como a nossa visão de mundo envelhece no decorrer da vida:

"Todas as pessoas grandes foram um dia crianças, mas poucas se lembram disso."

Quando brincamos, contamos histórias e entramos no mundo da imaginação dos nossos filhos, além de fazê-los felizes, resgatamos aquela criança que nunca deixou de existir dentro da gente e que sempre espera de nós a oportunidade para reaparecer. 

Texto: @giselesertao @afagodemaeoficial







Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

É preciso conhecer a fome para saber descrevê-la”.

     Passando pelo bairro São Mateus, na zona leste de São Paulo, avistei a ocupação Maria Carolina de Jesus. Lembrei-me imediatamente da realidade sofrida por Dona Carolina. Eu a conheci através de seu livro: Quarto de Despejo- o diário de uma favelada no início deste ano.      Conheci de perto  através de Carolina  uma das piores mazelas deste mundo: a fome. Essa  era sua companheira diária. Era também o motivo dela trabalhar catando papel fizesse sol ou chuva para que seus meninos pudessem se alimentar.   Ela era uma crítica assídua dos governantes que pouco faziam pelos mais desfavorecidos: “O que eu aviso aos pretendentes a política, é que o povo não tolera a fome. É preciso conhecer a fome para saber descrevê-la”.   De alma poeta, ela escrevia sobre a miséria dos favelados, ela odiava os políticos pois eles sempre prometiam mundos e fundos nas eleições e depois que ganhavam desapareciam, deixando assim os pobres a  ver navios.    Ela dizia: “O Brasil precisa ser dirigido por uma

"Mamãe, você compra um amigo pra mim?"

  Meu filho tem 4 anos e adora brincar com os amiguinhos da escola. Um dia desses ele me fez uma pergunta inusitada: "Mamãe, você compra um amigo pra morar aqui com a gente e brincar comigo?".  Eu lhe expliquei que amigos a gente não compra, que precisamos conquistar os amigos e que logo ele iria ver os amiguinhos da escola. Lembrei -me da seguinte frase do pequeno príncipe: "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas." Amigos são jóias raras que conquistamos ao longo da vida. E para que a amizade dure é necessário regar e cuidar com muito afeto. É de nossa responsabilidade manter essa amizade com todo amor e carinho que ela merece. E você já conquistou muitas amizades até aqui? O que tem feito para que elas prevaleçam?  Quem tem um amigo tem tudo ❤️ Texto: @giselesertao @afagodemaeoficial

Sobre o meu processo de internação em uma clínica psiquiátrica

 Eu sempre fui uma pessoa responsável. Eu sempre agi de forma consciente com as minhas atitudes para que elas não impactassem negativamente o meu semelhante. Eu sempre estudei, trabalhei e nunca subi em ninguém pais crescer sua vida. Eu nunca gostei de puxar saco de superiores para conseguir vantagens. Eu também nunca forcei amizades para conseguir privilégios. Eu sempre fui uma pessoa sincera e agi com reciprocidade e responsabilidade afetiva nas minhas relações. Eu sempre fui verdadeira e me frustrava  quando encontrava relações rasas ou fingidas seja na escola, nos empregos ou na parentela. Eu estava fazendo terapia há 3 anos, lendo livros, fazendo cursos e cuidando da minha saúde mental. E ainda assim há um mês atrás eu tive um surto psicótico grave.  A minha mente entrou em parafuso  com tantas informações e situações adversas. Eu entrei em um mundo paralelo e não conseguia conversar nem enxergar nada na minha frente com racionalidade. Eu me transformei em uma pessoa totalmente de