Esta é uma obra autobiográfica sobre Maya Angelou e sua mãe VIvian Baxter. Apesar delas terem tido inicialmente uma relação bastante conturbada, (Maya foi criada pela avó até os seus 12 anos de idade), o amor entre mãe e filha é construído e demonstrado no decorrer da emocionante narrativa contada por Maya.
Atriz, bailarina, cantora, escritora e diretora de cinema, Maya Angelou foi uma mulher negra que rompeu barreiras, apesar de ter vivido em uma sociedade marcada pelo machismo, e pelo preconceito racial. Segundo ela, sempre soube que se tornaria uma mulher resiliente e destemida graças á avó que ela amava e pela mãe que ela viria a adorar.
Maya acumulava mágoas, devido o abandono da mãe na sua primeira infância, mas foi após ela se tornar mãe também que percebeu seu laço afetivo por Vivian mudar. Ela, por fim, conseguia percebê-la de fato como sua mãe.
Aqui um trecho marcante sobre essa relação: “Eu enxerguei com clareza naquela visita pela primeira vez, porque o papel de uma mãe é realmente importante. Não é apenas porque ela alimenta, ama, afaga e até protege um filho, mas porque de uma maneira bastante interessante, e talvez misteriosa e sobrenatural, preenche as lacunas. Ela se posiciona entre o desconhecido e o conhecido. Minha mãe derramou seu amor protetor sobre mim e, sem saber por quê, as pessoas intuíram que eu tinha valor.”
Uma obra leve, envolvente e sensível que nos mostra sobre o poder do amor, do arrependimento, do perdão e do reestabelecimento da relação afetiva entre mãe e filha. Esta obra nos mostra também o quanto feridas tratadas trazem cura, libertação, e ressignificação.
Este livro é a materialização das marcas que o amor deixou na vida de Maya Angelou:
"O amor cura. Cura e liberta. Eu uso a palavra amor não como sentimentalismo, mas como uma condição tão forte que pode muito bem ser o que mantém as estrelas em seus lugares no firmamento e faz o sangue fluir disciplinadamente por nossas veias. Escrevi este livro para examinar algumas das maneiras como o amor cura e ajuda a escalar alturas impossíveis e erguer-se de profundezas imensuráveis."
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