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Igreja não é palanque político, assim como comício não é púlpito religioso

    "Quando as regras passam a ser mais importantes do que os indivíduos que as seguem, a religião pode tornar-se nociva. Jesus considerava ofensivo as pessoas pegarem as Escrituras, que têm o potencial de uni-las a Deus e aos outros, e as usarem para exercer poder. Para Jesus, a religião deveria produzir compaixão e conexão e não arrogância e autoritarismo. A  verdadeira religião fortalece a compaixão e a ligação com Deus e os outros."

   Este é um trecho do livro: “Jesus, o maior psicólogo que já existiu”, publicado em 2002. Mesmo ele tendo sido publicado há 20 anos, ele é tão atual quanto os ensinamentos de Cristo. 
Estamos vivendo tempos sombrios onde políticos usam o nome de Deus levianamente em prol dos seus próprios interesses. Onde igrejas fazem de seus púlpitos palanques políticos defendendo partido A ou B. Onde líderes religiosos que deveriam pregar o verdadeiro evangelho vestem a camisa de seus candidatos e usam de seu poder religioso para influenciar seus fiéis no voto.

Jesus não veio para julgar, condenar e muito menos para incitar o ódio entre o seu povo. Ele deu exemplo de serviço, generosidade e amor ao próximo. Jesus foi levado  à cruz pelos religiosos de sua época. Ele foi desacreditado e julgado pelos "doutores da lei. Aqueles homens de "bem" "que apontavam o  "certo" e o "errado" 

O verdadeiro cristianismo nega seus próprios interesses para acolher a dor do outro, ampara o necessitado, e se solidariza com os enfermos. Os ensinamentos de Cristo vão contra  o discurso de ódio e principalmente contra  as mentiras que vem sido explanadas em nome de "Deus" e da "família" tão descaradamente.

Como cidadãos temos o dever de nos informar para escolhermos governantes que atendam aos interesses do povo. E como cristãos não devemos compactuar do uso da fé religiosa em favor de interesses políticos.

"O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento” (Oseias 4:6).
Não fique alienado em notícias tendenciosas. Leia, se informe, questione, tenha senso crítico e renove a sua mente. Exerça sua fé sem intolerância religiosa e vote consciente.




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