Os filhos nos ensinam muito sobre persistência. Eles possuem um poder de convencimento muito grande, e na maioria das vezes nos vencem pelo cansaço. Vou ilustrar aqui uma situação que passei com meu filho de 2 anos há um tempo atrás: “Ele queria muito brincar na areia do parque que é pertinho aqui de casa. Eu tinha que preparar o almoço, e terminar demais afazeres domésticos. Sair naquele momento em que ele queria estava fora de cogitação. Expliquei que ele tinha que esperar e que mais tarde iríamos. Ele começou a chorar e fazer o maior escândalo para poder sair pra rua. Nada do que eu dizia fazia com que ele mudasse o foco de brincar na areia do parque. Na minha ingenuidade pensei que se levasse ele para dar uma voltinha rápida na pracinha ele esqueceria do parque e logo voltaríamos para casa para que eu terminasse o almoço. Quando ele percebeu que eu segui outra direção começou a fazer o maior escândalo novamente. Quando perguntei porque ele estava chorando me disse todo bravo: AREIA mamãe." Não tive outra alternativa a não ser levá-lo até onde ele tanto queria. Todo o meu planejamento caiu por terra quando um menininho de dois anos lutou bravamente para alcançar seu objetivo. Embora nós pais, devamos impor limites aos nossos filhos, também precisamos deixá-los expressarem seus desejos. Precisamos ouvi-los e dar liberdade para que expressem o que pensam e sentem enquanto crianças para que sejam adultos seguros de suas próprias decisões. E isso entra em um dilema enorme entre permissividade e autoritarismo. Onde encontrar equilíbrio para criá-los da melhor forma possível? Não há uma fórmula mágica para essa pergunta, mas com toda certeza eles nos ensinam na prática como encontrar as respostas. Eles nos impulsionam a não desistirmos dos nossos sonhos mesmo quando existe uma grande tempestade; Eles persistem em nos mostrar o valor do que realmente importa de verdade.; Eles que embora sejam tão pequenos tem o poder de nos engrandecer em humildade, amor e generosidade; Eles que nos amam genuinamente transbordam nosso ser de felicidade.
Texto: @giselesertao @afagodemaeoficial
Passando pelo bairro São Mateus, na zona leste de São Paulo, avistei a ocupação Maria Carolina de Jesus. Lembrei-me imediatamente da realidade sofrida por Dona Carolina. Eu a conheci através de seu livro: Quarto de Despejo- o diário de uma favelada no início deste ano. Conheci de perto através de Carolina uma das piores mazelas deste mundo: a fome. Essa era sua companheira diária. Era também o motivo dela trabalhar catando papel fizesse sol ou chuva para que seus meninos pudessem se alimentar. Ela era uma crítica assídua dos governantes que pouco faziam pelos mais desfavorecidos: “O que eu aviso aos pretendentes a política, é que o povo não tolera a fome. É preciso conhecer a fome para saber descrevê-la”. De alma poeta, ela escrevia sobre a miséria dos favelados, ela odiava os políticos pois eles sempre prometiam mundos e fundos nas eleições e depois que ganhavam desapareciam, deixando assim os pobres a ver navios. Ela dizia: “O Brasil precisa ser dirigido por uma
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