Os filhos nos ensinam muito sobre persistência. Eles possuem um poder de convencimento muito grande, e na maioria das vezes nos vencem pelo cansaço. Vou ilustrar aqui uma situação que passei com meu filho de 2 anos há um tempo atrás: “Ele queria muito brincar na areia do parque que é pertinho aqui de casa. Eu tinha que preparar o almoço, e terminar demais afazeres domésticos. Sair naquele momento em que ele queria estava fora de cogitação. Expliquei que ele tinha que esperar e que mais tarde iríamos. Ele começou a chorar e fazer o maior escândalo para poder sair pra rua. Nada do que eu dizia fazia com que ele mudasse o foco de brincar na areia do parque. Na minha ingenuidade pensei que se levasse ele para dar uma voltinha rápida na pracinha ele esqueceria do parque e logo voltaríamos para casa para que eu terminasse o almoço. Quando ele percebeu que eu segui outra direção começou a fazer o maior escândalo novamente. Quando perguntei porque ele estava chorando me disse todo bravo: AREIA mamãe." Não tive outra alternativa a não ser levá-lo até onde ele tanto queria. Todo o meu planejamento caiu por terra quando um menininho de dois anos lutou bravamente para alcançar seu objetivo. Embora nós pais, devamos impor limites aos nossos filhos, também precisamos deixá-los expressarem seus desejos. Precisamos ouvi-los e dar liberdade para que expressem o que pensam e sentem enquanto crianças para que sejam adultos seguros de suas próprias decisões. E isso entra em um dilema enorme entre permissividade e autoritarismo. Onde encontrar equilíbrio para criá-los da melhor forma possível? Não há uma fórmula mágica para essa pergunta, mas com toda certeza eles nos ensinam na prática como encontrar as respostas. Eles nos impulsionam a não desistirmos dos nossos sonhos mesmo quando existe uma grande tempestade; Eles persistem em nos mostrar o valor do que realmente importa de verdade.; Eles que embora sejam tão pequenos tem o poder de nos engrandecer em humildade, amor e generosidade; Eles que nos amam genuinamente transbordam nosso ser de felicidade.
Texto: @giselesertao @afagodemaeoficial
A maternidade é intensa. Ela é cheia de emoções que se misturam todos os dias. Quando se é mãe e também se convive com a bipolaridade essa jornada ganha ainda mais desafios. Existem dias em que a energia transborda: a criatividade, o carinho, a disposição para brincar e estar presente parecem infinitos. Em outros, levantar da cama já é uma grande vitória. Essas oscilações não significam falta de amor pelo filho, muito pelo contrário: cada esforço silencioso, cada pequeno gesto, cada tentativa em meio ao cansaço e à dor são provas diárias de um amor imenso e corajoso. A maternidade para quem vive com bipolaridade é feita de batalhas invisíveis. São lutas internas que ninguém vê, mas que exigem força, resiliência e, principalmente, muita compaixão consigo mesma. Nem sempre é fácil pedir ajuda. Nem sempre é simples explicar que o silêncio, o cansaço ou a falta de ânimo não têm nada a ver com desistência ou falta de vontade — são apenas parte de uma condição que precisa ser respeitad...
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