Ontem desmontamos a cadeirinha de alimentação do meu filho. Ela já não estava em bom estado para uso. Ela esteve presente nas refeições dele por 2 anos e 3 meses. Lembro como se fosse hoje da minha empolgação quando montamos ela para enfim começarmos a introdução alimentar. Até que ela resistiu á um tempo considerável para uma criança que já não ficava muito tempo quieta nela.
Enquanto meu marido tirava os parafusos para jogá-la fora eu me emocionei. Lembrei de todas as vezes que vi meu bebê sentado ali;
Lembrei das minhas altas expectativas sobre a introdução alimentar que foram frustradas;
Lembrei das caretas que ele fazia quando experimentava uma fruta nova;
Lembrei de quando ele tacava um prato cheio de comida fresquinha no chão;
Lembrei de quando eu precisava limpar a casa e eu conseguia deixá-lo na cadeirinha assistindo um desenho por pelo menos 30 minutos e ele ficava quietinho;
Lembrei também quando ele aprendeu a sair mesmo com a trava de segurança e começou a subir na mesa para o meu desespero.
A minha emoção não foi pelo apego ao objeto em si que já não existe mais na minha casa. E sim pelo que ele representou até ali. Pelos momentos vividos, pelo bebê que já não precisa mais de uma cadeirinha de alimentação e se já se alimenta na mesa conosco.
Às vezes é difícil para nós mães nos acostumarmos com o tempo. Ele que parece passar devagar quando cuidamos diariamente de um bebê, mas que também parece que passou rápido demais quando olhamos para trás e relembramos o que passou.
Mais um ciclo se encerrou na vida do meu bebê.
Tempo, te peço com carinho: não tenha tanta pressa em fazer meu menininho crescer.
Texto: @giselesertao @afagodemaeoficial
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