Ao assistir um programa de entrevistas os apresentadores e convidados debatiam sobre o tema filho muleta, e ao ouvir os relatos, me interessei bastante por este assunto. Mas afinal o que significa este termo? É quando os pais usam de manipulação afetiva para que os filhos atendam às suas expectativas. É negado a eles o direito de viverem suas vidas da forma que desejam, para que não se afastem do ninho, pois é confortável e cômodo para os pais terem suas crias debaixo de tuas asas os manipulando, para que ajam de acordo com seus interesses. Isso acontece porque este adulto, foi condicionado a sua vida inteira a pensar assim, e quando tenta se desvencilhar desta situação, fazem com que ele se sinta ingrato e alguém ruim, por escolher o que é melhor para si, afinal ele deve tudo aos seus pais certo? Errado. Não é porque eles se dedicaram aos filhos, que os mesmos devem viver em função de seus pais para lhes “pagar” uma dívida. Isso é pura chantagem emocional. Este termo não se refere a filhos que precisam cuidar de seus pais na velhice, e sim filhos que são impedidos de sair do ninho devido a superproteção dos seus pais, que chega a ser doentia, impedindo eles de ter sua própria independência. Não é porque ele decidiu viver seus sonhos, que não ama e não se sente grato por quem tanto se dedicou a ele. Simplesmente é o curso natural da vida acontecendo. Os filhos, nascem crescem, e precisam seguir com a sua própria trajetória. Acredito que há muitas famílias que vivem com esta toxicidade, e quando alguém que passe por uma situação assim decidir romper este ciclo, muito provavelmente será julgado, criticado e taxado como um filho “ruim”, pois está “abandonando” seus pais. A liberdade em viver aquilo que você acredita ser o melhor pra você não tem preço. Não deixe que tentem te impedir de alcançar novos voos. Seja corajoso em viver seus sonhos, independente de opiniões alheias e chantagens emocionais. Onde existe amor não há espaço para manipulação e egoísmo. Se permita ser feliz, e não aceite se sentir culpado por isso jamais.
Passando pelo bairro São Mateus, na zona leste de São Paulo, avistei a ocupação Maria Carolina de Jesus. Lembrei-me imediatamente da realidade sofrida por Dona Carolina. Eu a conheci através de seu livro: Quarto de Despejo- o diário de uma favelada no início deste ano. Conheci de perto através de Carolina uma das piores mazelas deste mundo: a fome. Essa era sua companheira diária. Era também o motivo dela trabalhar catando papel fizesse sol ou chuva para que seus meninos pudessem se alimentar. Ela era uma crítica assídua dos governantes que pouco faziam pelos mais desfavorecidos: “O que eu aviso aos pretendentes a política, é que o povo não tolera a fome. É preciso conhecer a fome para saber descrevê-la”. De alma poeta, ela escrevia sobre a miséria dos favelados, ela odiava os políticos pois eles sempre prometiam mundos e fundos nas eleições e depois que ganhavam desapareciam, deixando assim os pobres a ver navios. Ela dizia: “O Brasil precisa ser dirigido por uma
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