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A canção do amor

  Quando meu filho era bebezinho eu sempre cantava várias músicas para ele dormir. Dentre elas há uma em especial que eu sempre gostei muito da cantora Priscila Brenner.
   Aqui um trecho da letra: “Com você eu vi despertar as coisas da alma. E eu só queria mais mil anos pra viver seu primeiro ano outra vez. Tempo que eu nem vi passar, tempo vai com calma, que todo tempo é pouco, o tempo vale ouro.”
  Já fazia muito tempo que eu não cantava essa música para ele, então acreditava eu que ele talvez nem lembrasse desta letra. Até que um dia desses, enquanto eu mexia no celular, ela começou a tocar pelo aplicativo de músicas aleatoriamente.   Logo  meu filho veio até mim todo feliz dançando e cantando do jeitinho dele, ele me abraçou e ficou no meu colo ouvindo a canção e cantarolando ela.
  Eu me emocionei e lembrei em todas as noites que eu já havia colocado ele para dormir ao som desta canção, e  pela primeira vez ele que a cantou pra mim. Lágrimas percorreram pelo meu rosto e me senti infinitamente grata a Deus pela benção que é tê-lo em minha vida.
 A casa estava aquela bagunça, eu tinha várias coisas para fazer, e nada mais importava a não ser curtir esse momento com meu filho. Ficamos ali juntinhos e ele só parou de cantar quando enfim adormeceu.
 A rotina cuidando da casa e de criança por vezes é exaustiva e solitária. Nós mães nos questionamos, nos cobramos, nos perguntamos se estamos  fazendo o certo, se estamos agindo da melhor forma e temos uma autocrítica muito grande com nós mesmas.
Mas são nesses gestos singelos de afeto que percebemos que estamos sim fazendo o nosso melhor.
Corremos pra lá e pra cá tentando cumprir todas as tarefas e nos cobramos tantas coisas, enquanto nossos filhos desejam ter o nosso tempo e nosso afeto. Isso é sem dúvida o mais importante, as demais coisas podem esperar um pouco.
Ouvir meu filho cantar foi uma melodia de amor que ecoou em mim.
O tempo passa, e eles crescem, a casa sempre ficará por arrumar
Já os momentos compartilhados ficam registrados em nossa memória.
E as memórias afetivas estarão sempre vivas em nosso coração.






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