Os encontros com as amigas já não acontecem como antes, afinal cuidar do bebê é a sua prioridade no momento. Mediante a todas essas mudanças, ela se sente sozinha neste momento que é tão romantizado como sublime para a mulher.
Ela sente falta da vida agitada de antes, das conversas, dos abraços, dos encontros, das pessoas, do convívio social que sempre teve até seu bebê chegar, e isso não quer dizer que ela não goste de ser mãe ou não ame seu bebê, ela apenas gostaria de ter alguns momentos fora deste universo materno que a sobrecarrega e a deixa tão exausta. Ela vê que a vida de todos continua fluindo da mesma forma, e a sua ela sente que ficou paralisada, pois ela vive em constante cuidado e preocupação com o seu filho e não há muito espaço para a mulher que ela sempre foi.
Alguns se afastam, e não é por mal, mas há afinidades que já não são mais tão em comum assim, e tá tudo bem, afinal a vida é feita de ciclos que se encerram para que outros se iniciem, pessoas vão e outras se achegam também.
Todas essas questões acontecem com a maioria das mães em um contexto de vida normal, agora imaginem num contexto de pandemia? Multiplique tudo isso ao quadrado meu caro.
A solidão materna entristece, abate e até deprime em alguns momentos, mas ela também faz a mulher ter autoconhecimento e uma nova percepção sobre si mesma que jamais conheceria se não tivesse tido filho.
Ela descobre o quanto é resiliente e destemida para enfrentar seus medos, angústias e inseguranças que a maternidade lhe traz. E ela jamais saberia o tamanho de sua força se não estivesse tão bem acompanhada por Ela mesma.
Texto: @giselesertao @afagodemaeoficial
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