Uma frase clichê que muito se ouve por aí em algum momento da maternidade com toda certeza você dirá: “Paguei a minha língua”. Se você ainda não é mãe e pensa em ter filho algum dia provavelmente já se pegou dizendo algumas dessas frases: “ Meu filho jamais vai dormir na cama compartilhada.”, “Chupeta nem pensar”, e por aí vai, situações não faltam para que você idealize o que vai ser melhor pro seu filho quando você for mãe. Deixa eu te contar uma coisa ? Na teoria é tudo muito lindo, mas na prática são outros quinhentos.
Há um mundo materno romantizado que te faz pensar em uma maneira “ideal” de ser mãe, que tende a te iludir, frustrar e decepcionar mais do que te ajudar. É normal você pensar na forma como vai querer educar e ensinar o seu filho, e se imaginar vivenciando as coisas que acredita e que acha correto pra quando for mãe, mas você vai precisar desconstruir muita coisa que pensou ser o “certo” pois essas expectativas lá atrás idealizadas, irão te fazer sentir muitas vezes falha, ou que não está sendo a mãe “ideal”.
A verdade é que não existe uma fórmula secreta. Você vai fazer muitas coisas que disse que não faria e não porque você está errando e sim porque o que você idealizou não corresponde a sua nova realidade. Entre um bebê chorando e relutando no berço pra dormir, e um bebê dormindo calmamente na sua cama pra que você enfim possa conseguir descansar também, acaba-se escolhendo a segunda opção é óbvio. Entre um bebê que não se alimenta de jeito nenhum, mas que ao assistir TV, abre a boca umas 3 vezes, a segunda opção é a melhor para que seu filho seja alimentado por exemplo.
Há diversas outras situações onde seus “ideais” serão derrotados em troca da sua paz, do seu descanso, em troca de ver seu filho bem alimentado, ou entretido com algo para que você consiga terminar o jantar por exemplo, e está tudo bem. Você não é uma péssima mãe por isso, Entenda: A mãe perfeita existe, só que ela ainda não tem filhos. Existe sim, a mãe humana, a mãe que erra tentando acertar, que faz o melhor que pode pro bem estar do seu filho e que inevitavelmente há de pagar a língua.
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